O que me fez juntar esses dois artistas foram algumas características que vejo em comum entre os dois. Claro que existem disparidades, eles não são da mesma época, nem do mesmo lugar, e não fazem parte de um mesmo estilo, mas tem alguns adjetivos que, a meu ver, ajudam a ligá-los de alguma maneira.
O estilo barroco de Bach, com suas formas polifônicas complexas e os movimentos rápidos, parecem encaixar muito bem às refinadas pinturas de Klimt, com seus rebuscados ornamentos ao estilo Art Nouveau. Tanto um como o outro, parecem ter usado em suas obras, sucessões de pequenos elementos repetidos e variados. O simbolismo decorativo do pintor, que usou muitas vezes cores vibrantes, incluindo o uso de ouros e pratas, ao meu ver, soa muito bem com as texturas brilhantes do músico.
A escolha foi um pouco intuitiva, mas não tanto, porque já existiam alguns conceitos pré-existentes na minha cabeça na hora de fazer esta junção. O sonho da arte total, existente há muito tempo na cabeça de alguns artistas, realizada por Wagner e experimentada até hoje; a relação existente entre as artes plásticas e a música, já citada por Kandinsky em seus livros “Do Espiritual na Arte” e "Ponto Linha Plano" e o desejo de transmitir alguma coisa, de uma maneira que toque mais efetivamente no expectador, são questões que me interessam e acho que essa experiência em juntar dois artistas de campos distintos que tanto me encantam, pode ser um sopro e um começo de aprendizado para um trabalho futuro próprio.
A arte ficou muito bem com a música.
ResponderExcluirO vídeo está apelativo e dá prazer observar e ouvir.
Os meus Parabéns !
beijinhos
Obrigado Pérola, volte sempre!
ExcluirBjs.