Mês passado tive a oportunidade de visitar a Fortaleza de São José da Ponta Grossa, em passeio que fiz nas minhas férias.
A Fortaleza de São José está localizada ao Norte da Ilha de Santa Catarina, entre as praias do Forte e Jurerê, a aproximadamente 25 km do centro de Florianópolis.
Estrategicamente situada no alto do Morro da Ponta Grossa e emoldurada pela beleza dos costões e pelas areias da Praia do Forte, São José configurava no século XVIII o terceiro vértice de um sistema triangular de defesa, formado ainda pelas Fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim e Santo Antonio de Ratones.
Esse sistema deveria proteger a Barra Norte da Ilha de Santa Catarina das investidas estrangeiras - principalmente da Espanha - e consolidar a ocupação portuguesa no sul do Brasil setecentista.
Assim como Santa Cruz, Santo Antônio e Nossa Senhora da Conceição (ao sul da Ilha), a Fortaleza de São José foi idealizada pelo engenheiro militar e primeiro governador da Capitania, brigadeiro José da Silva Paes.
Sua construção teve início em 1740, tendo sido concluída, aproximadamente, quatro anos após essa data. Para completar a defesa de seu flanco leste, foi construída em 1765 a Bateria de São Caetano, localizada junto à Praia de Jurerê, distante 200 metros da Fortaleza.
Segundo historiadores, a fortaleza de São José não foi efetivamente utilizada do ponto de vista bélico, nem mesmo durante a invasão espanhola de 1777.
Após esse episódio, o sistema de defesa entrou em descrédito e São José passou a ser progressivamente abandonada à sua sorte.
Em 1938, quando foi tombada pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) , a Fortaleza encontrava-se já completamente arruinada. No final do século passado, os jornais já denunciavam a apropriação indevida de pedras, tijolos e materiais da Fortaleza para construção de moradias pela população local.
Apenas nas duas últimas décadas, São José veio a sofrer intervenções de restauro. Em 1977, por iniciativa do SPHAN, foram realizadas obras de consolidação emergencial de alguns trechos de muralhas, na Casa do Comandante, na Portada e restauração parcial da capela.
Em 1987, ao ser cadastrada como sítio arqueológico protegido por lei federal, foram realizados os primeiros trabalhos de prospecção arqueológica por técnicos do SPHAN/Fundação Pró-Memória, e que tiveram sequência em 1990 com a equipe do Museu Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina.
Finalmente, em 1991/92 no âmbito do “Projeto Fortalezas”, São José teve a maioria dos edifícios restaurados.
Fonte: Exposição de Painéis: "Fortaleza de São José: Retorspectiva" no Paiol da Pólvora.
Abaixo, mais algumas fotos tiradas naquele sítio arqueológio:
A Fortaleza de São José está localizada ao Norte da Ilha de Santa Catarina, entre as praias do Forte e Jurerê, a aproximadamente 25 km do centro de Florianópolis.
Estrategicamente situada no alto do Morro da Ponta Grossa e emoldurada pela beleza dos costões e pelas areias da Praia do Forte, São José configurava no século XVIII o terceiro vértice de um sistema triangular de defesa, formado ainda pelas Fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim e Santo Antonio de Ratones.
Esse sistema deveria proteger a Barra Norte da Ilha de Santa Catarina das investidas estrangeiras - principalmente da Espanha - e consolidar a ocupação portuguesa no sul do Brasil setecentista.
Assim como Santa Cruz, Santo Antônio e Nossa Senhora da Conceição (ao sul da Ilha), a Fortaleza de São José foi idealizada pelo engenheiro militar e primeiro governador da Capitania, brigadeiro José da Silva Paes.
Sua construção teve início em 1740, tendo sido concluída, aproximadamente, quatro anos após essa data. Para completar a defesa de seu flanco leste, foi construída em 1765 a Bateria de São Caetano, localizada junto à Praia de Jurerê, distante 200 metros da Fortaleza.
Segundo historiadores, a fortaleza de São José não foi efetivamente utilizada do ponto de vista bélico, nem mesmo durante a invasão espanhola de 1777.
Após esse episódio, o sistema de defesa entrou em descrédito e São José passou a ser progressivamente abandonada à sua sorte.
Em 1938, quando foi tombada pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) , a Fortaleza encontrava-se já completamente arruinada. No final do século passado, os jornais já denunciavam a apropriação indevida de pedras, tijolos e materiais da Fortaleza para construção de moradias pela população local.
Apenas nas duas últimas décadas, São José veio a sofrer intervenções de restauro. Em 1977, por iniciativa do SPHAN, foram realizadas obras de consolidação emergencial de alguns trechos de muralhas, na Casa do Comandante, na Portada e restauração parcial da capela.
Em 1987, ao ser cadastrada como sítio arqueológico protegido por lei federal, foram realizados os primeiros trabalhos de prospecção arqueológica por técnicos do SPHAN/Fundação Pró-Memória, e que tiveram sequência em 1990 com a equipe do Museu Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina.
Finalmente, em 1991/92 no âmbito do “Projeto Fortalezas”, São José teve a maioria dos edifícios restaurados.
Fonte: Exposição de Painéis: "Fortaleza de São José: Retorspectiva" no Paiol da Pólvora.
Abaixo, mais algumas fotos tiradas naquele sítio arqueológio:
Olá Raul!!!
ResponderExcluirEu já estive lá, é um belo patrimônio cultural e tem uma vista linda!!! Um lugar calmo que transmite muita paz.
Tenha uma boa semana!!!
Abraço
Bia :)
Raul, convido a ti e a teus leitores para conhecerem e participarem com suas produções literárias do Urbanasvariedades, o modo long play do Urbanascidades, blog cultural de produção coletiva. Visite urbanasvariedades.blogspot.com. e solte o verbo.
ResponderExcluirUm abraço,
Paulo Bettanin.
Urbanascidades e Urbanasvariedades juntam os blocos para pular o Carnaval. Hoje a poesia de Lídia la Escriba. Quer música, amanhã ouça Bob Dylan. Na segunda de carnaval conheça o carnaval de 1927 em Porto Alegre. Na terça, o desfile é por conta de um passeio de 10 dias de trem pela Suiça. E na quarta-feira de cinzas os vencedores... do Oscar desde 1929.
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