Felicidade? com Márcia Tiburi

Foto: Pedro Silveira/ODIN
Para refletir sobre felicidade, trago aqui um vídeo que foi ao ar dia 07/01/2012 no programa Sempre um Papo, exibido na TV Câmara. Este é o primeiro de quatro capítulos de um Seminário no qual a filósofa Márcia Tiburi aborda o tema.

Marcia Tiburi é graduada em filosofia e artes e mestre e doutora em filosofia pela UFRGS. É professora do programa de pós-graduação em Arte, Educação e História da Cultura da Universidade Mackenzie, editora da revista TRAMA Interdisciplinar e colunista da revista Cult. Autora de diversos livros de filosofia e de literatura, entre eles Filosofia em comum (Record, 2008), Filosofia brincante (Record, 2010) e Diálogo/Desenho (SENAC, 2010), dos romances Magnólia, A mulher de costas e O manto (Record, 2009).


“FELICIDADE E INFELICIDADE: O DESEJO E A ÉTICA”

A felicidade é um tema filosófico. Muito antes de ter sido reduzida em nossos tempos a uma mercadoria publicitária, a felicidade era um ideal ético. A desvalorização da felicidade no contexto capitalista relaciona-se ao mundo do espetáculo, à banalização do desejo e também do sentido dos afetos em nossas vidas. Antes de qualquer análise temos que nos perguntar se ainda podemos falar de felicidade em nossos dias, e de qual felicidade? Não teríamos, hoje, quando vemos a colonização do desejo aniquilar o sentido da convivência e da auto-descoberta, que devolver a felicidade ao campo da ética? Ou a ética à felicidade?

Fonte: Sempre um Papo

Comentários

  1. Olá Raul!!!

    Gosto muito de Márcia Tiburi, ela é sincera e autêntica, uma gaúcha que fala o que realmente pensa, são poucas as pessoas que são assim, é ela mesma, sem mascaras.
    Ainda não assisti o vídeo, quando estiver com mais tempo vou assitir com calma!!!
    Tenha um ótimo fim de semana!!!
    Bjs
    Bia :)

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  2. Raul, vou deixar outro gaúcho (o grande Lupicínio Rodrigues) explicar a FELICIDADE.
    Felicidade foi se embora
    E a saudade no meu peito ainda mora
    E é por isso que eu gosto lá de fora
    Porque sei que a falsidade não vigora

    Lá onde eu moro tem muita mulher bonita
    Que usa vestido sem cinta e tem na boca um coração
    Cá na cidade se vê tanta falsidade
    Que a mulher faz sacanagem até dentro de pensão

    Felicidade foi se embora
    E a saudade no meu peito ainda mora
    E é por isso que eu gosto lá de fora
    Porque sei que a falsidade não vigora

    A minha casa fica lá detrás do mundo
    Mas eu vou em um segundo quando começo a cantar
    E o pensamento parece uma coisa à toa
    Mas como é que a gente voa quando começa a pensar

    Felicidade foi se embora
    E a saudade no meu peito ainda mora
    E é por isso que eu gosto lá de fora
    Porque sei que a falsidade não vigora

    Na minha casa tem um cavalo tortilho que é irmão do que é filho daquele que o Juca tem
    Quando eu agarro seus arreiros e lhe encilho
    Sou pior que limpa trilho e corro na frente do trem

    Felicidade foi se embora
    E a saudade no meu peito ainda mora
    E é por isso que eu gosto lá de fora
    Porque sei que a falsidade não vigora

    Abraços felizes, Paulo Bettanin

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