Três Personagens, 1970 |
Tamayo nasceu em Oaxaca, no México, em 1899. De ascendência índia (zapoteca), mudou-se para a cidade do México em 1911 para viver com uma tia sua, após perder os pais. Quatro anos mais tarde começou a tomar aulas de desenho.
Assistiu a Escola de Artes Plásticas (Academia de San Carlos), Cidade do México, entre 1917 e 1921. Foi nomeado diretor do Departamento de Desenhos Etnográficos do Museu Nacional de Arqueologia, Cidade do México. Adiante, se nota a influência, em suas obras, da arte popular mexicana, e pré-colombiana.
Passou dois
anos em Nova York, 1926 a 1928, de onde viu a arte européia em museus e
galerias. Conheceu a Stuart Davis e viu a exposição de Henri Matisse no Museu
de Brooklin em 1928.
De volta ao
México deu aulas de pintura na Escola de Artes Plásticas (Academia de San
Carlos), entre 1928 e 1929. Como Maria Izquierdo, com quem repartiu estúdio de
1929 a 1934, produziu obras figurativas e natureza mortas, às vezes a base de
frutas tropicais, cujos registros cromáticos eram amplos e intensos. Em uma
época em que se celebrava a arte comprometida dos muralistas, a sensibilidade
modernista de Tamayo, assim como sua estética não utilitária, seu neutralismo
político e perspectiva internacional, iam contra corrente. Em 1929 expôs na
Galeria de Arte Moderna do Teatro Nacional, Cidade do México. Três anos mais
tarde foi nomeado diretor do Departamento de Artes Plásticas da Secretaria de
Educação. Em 1933 pintou um mural na Escola Nacional de Música e, em seguida,
no Museu de Antropologia da cidade do México. Nestes murais ele desenvolve os
temas da história pátria em uma interpretação de atmosfera alucinante, na qual
formas e cores inquietantes se agitam, distendem-se em luminosa matéria de
pesadelo, alcançando os tons mais secretos, fusões profundas das figuras no
enigmático grito extinto do colorido.
Jogos para Crianças, 1959 |
Voltou ao
México em 1964 e pintou um mural no novo Museu Nacional de Antropologia na
Cidade do México. Celebraram-se exposições retrospectivas de sua obra no
Palácio de Belas Artes da capital do México em 1967 e 1987, no Phoenix Art
Museum em 1968 e esse mesmo ano, no National Museum de Art de Belgrrado. Em
1973 começou a trabalhar em mixografia, uma técnica nova de gravar em relevo.
No ano seguinte duou sua coleção de arte pré-colombiana à cidade de Oaxaca,
como fundo para o Museu de Arte Prehispânico do México “Rufino Tamayo”. Havia
exposto no Museu de Arte Moderna de Ville de Paris, 1974; no Museu de Arte
Moderna da Cidade do México, no Museum of Modern Art, Tóquio, 1976; na Fundação
Museu de Bellas Artes, Caracas, 1977; no The Phillips Collection, Washington,
D.C., 1978; e no The Solomon R. Guggenheim Museum, Nova York, 1979. No Museu de
Arte Contemporânea Internacional “Rufino Tamayo” se inaugurou em 1981 na Cidade
do México, celebraram ali uma exposição retrospectiva da obra deste artista em
1987, e outra no Museu Nacional Centro de Art Reina Sofia de Madrid em 1988.
Rufino Tamayo reviveu poeticamente, com o ardor de uma íntegra e aguda imaginação, as misteriosas divindades, os guerreiros, os ecos noturnos, os músicos, as sombras de homens e lugares da sua terra, exprimindo sobretudo uma imensa solidão, como se caísse sobre os domínios e sobre os soberanos do Povo do Sol a treva de uma desesperada melancolia.
Tamayo continuou trabalhando até os últimos dias de sua vida, vindo a falecer em 24 de junho de 1991 de um ataque cardíaco, na Cidade do México.
Referências:
SULLIVAN, Edward J. Madrid. Artistas Latino-Americanos del Siglo XX. Ed. Nerea, 1992.
ROBLES, Luiz G.; FEZZI, Elda. Pintores Americanos. In: Galeria Delta da Pintura Universal. Rio de Janeiro: Ed. Delta S.A., 1972
Rufino Tamayo reviveu poeticamente, com o ardor de uma íntegra e aguda imaginação, as misteriosas divindades, os guerreiros, os ecos noturnos, os músicos, as sombras de homens e lugares da sua terra, exprimindo sobretudo uma imensa solidão, como se caísse sobre os domínios e sobre os soberanos do Povo do Sol a treva de uma desesperada melancolia.
Tamayo continuou trabalhando até os últimos dias de sua vida, vindo a falecer em 24 de junho de 1991 de um ataque cardíaco, na Cidade do México.
Referências:
SULLIVAN, Edward J. Madrid. Artistas Latino-Americanos del Siglo XX. Ed. Nerea, 1992.
ROBLES, Luiz G.; FEZZI, Elda. Pintores Americanos. In: Galeria Delta da Pintura Universal. Rio de Janeiro: Ed. Delta S.A., 1972
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