Un Yogui, 1932 |
Oscar Alejandro Schulz Solari nasceu em San
Fernando, na Argentina, em 1887. Sua mãe era italiana e o pai Lituano de origem alemã. Estudou arquitetura na faculdade de engenharia
de 1906 a 1907.
Saiu da Argentina, embarcando para Hong Kong em 1912, porém desembarcou em Londres. Viajou pela Inglaterra, França e Itália.
Começou a pintar em 1914. Dois anos mais tarde conheceu o pintor modernista Emílio Pettorutti em Milan. Assinava seus quadros "Xul Solar", utilizando correspondentes fonéticos dos sobrenomes dos pais.
Saiu da Argentina, embarcando para Hong Kong em 1912, porém desembarcou em Londres. Viajou pela Inglaterra, França e Itália.
Começou a pintar em 1914. Dois anos mais tarde conheceu o pintor modernista Emílio Pettorutti em Milan. Assinava seus quadros "Xul Solar", utilizando correspondentes fonéticos dos sobrenomes dos pais.
Desde muito
jovem, interessou-se por assuntos tão variados quanto religião, filosofia, a
antroposofia de Rudolf Steiner, a cabala judaica, mitologias e astrologia. Na
Europa estudou as ciências ocultas, religiões asiáticas e as técnicas da
meditação. Já em 1919 estava criando obras que expressavam suas ânsias
espirituais, a base de planos de cores vivas, formas e símbolos geométricos,
figuras singelas e algumas vezes, palavras. Viveu em Monique de 1921 a 1923.
Conheceu os futuristas italianos, porém bebeu das fontes de vários movimentos, como o cubista, expressionista e surrealista.
Voltou a
Buenos Aires em 1924. Entrou no grupo Martin Fierro, uma agrupação de jovens
pintores e escritores modernistas, que incluía, entre outros, Jorge Luis Borges
e Emílio Pettoruti. O grupo se opunha ao estilo acadêmico e ao caráter
conservador da cultura argentina. Solar colaborou na revista do grupo de mesmo
nome, a qual ajudou a instaurar o modernismo na Argentina. Em suas aquarelas
dos anos vinte, assimilou as convenções estilísticas da vanguarda européia,
porém não sem perfilar um mundo próprio, com insinuações de culturas
pré-colombianas. Nos trinta e quarenta criou paisagens e desenhos
arquitetônicos fantásticos que dão fé de seus estudos de misticismo, teosofia e
astrologia.
Além da
figura humana estilizada, das arquiteturas e bandeiras, habitam suas obras,
geralmente de pequeno porte, símbolos e signos, muitos deles esotéricos e
arcaisantes, tais como estrelas, flechas, hieróglifos, números e letras.
Kon mil per prayn to yu, 1962 |
Pintor,
aquarelista, compositor, inventor de jogos, Xul Solar foi, antes de tudo, um
erudito, possuindo um saber enciclopédico. Segundo o depoimento de seus
contemporâneos, falava e escrevia seis idiomas vivos, além do latim, do grego e
do sânscrito. Este vasto conhecimento lingüístico levou-o a criar línguas, como
o neo criollo, fundado em raízes provenientes do latim, com expressões locais,
latino-americanas, e o pan língua que pode ser vista como uma das muitas
construções similares ao esperanto. Em
suas últimas obras procurou dar forma visual a estes sistemas línguísticos.
"Soy creador de una lengua para la América Latina: el neo-criollo con palabras, sílabas, raíces de las dos lenguas dominantes: el castellano y el portugués." Xul SolarEm 09 de abril de 1963 morreu em sua casa na cidade de Tigre, na Argentina.
Xul Solar foi o artista homenageado pela I Bienal de Artes Visuais do Mercosul, realizada em Porto Alegre em 1997, e a logomarca da Bienal foi a reprodução de um elemento da obra Drago.
Referências:
SULLIVAN, Edward J. Madrid. Artistas Latino-Americanos del Siglo XX. Ed. Nerea, 1992.
CONTINENTE SUL SUR, Revista do Instituto Estadual do Livro nº 6 - 1997
Mais informações e reproduções de obras do artista, veja no Museo Xul Solar.
Referências:
SULLIVAN, Edward J. Madrid. Artistas Latino-Americanos del Siglo XX. Ed. Nerea, 1992.
CONTINENTE SUL SUR, Revista do Instituto Estadual do Livro nº 6 - 1997
Esta postagem é continuação de Três Artistas Latino-Americanos
E continua em Roberto Matta
Interessante biografia. O nome, também artístico, chama a atenção. Não conhecia Xul Solar. obrigada, por trazê-lo . Aprendo um bocado, aqui...
ResponderExcluirUm abraço, Campani,
da Lúcia
Raul,
ResponderExcluirMais novidades para mim. Thanks! Adorei a segunda tela. Vou ter que procurar mais trabalhos. Decididamente é o meu mestre de pintura sul americana. Graças! :)
Sim, era "Ser ou Não Ser", é belíssima essa pintura. Parabéns! :)
Abraço!:)
Uma pintura muito original.
ResponderExcluirNão é das minhas favoritas, mas tem o seu encanto, com os símbolos.
beijo.